Mulheres têm nível de ocupação menor que homens no Brasil, diz IBGE


De acordo com o levantamento, apesar de representar 52,4% da população em idade de trabalhar, o grupo feminino responde por 45,6% do nível de ocupação, enquanto os homens, 64,3%. (Hamilton Ferrari)

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostrou, na manhã desta sexta-feira (22/2), que as mulheres têm menor nível de ocupação do que os homens no Brasil. Além disso, o nível de desemprego para pretos e pardos é maior que a média nacional. Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Trimestral (PNAD Contínua) do quatro trimestre de 2018.

 De acordo com o levantamento, apesar de representar 52,4% da população em idade de trabalhar, o grupo feminino responde por 45,6% do nível de ocupação, enquanto os homens, 64,3%. Em regiões como o Norte, a taxa para a população masculina sobe para 60,2%, o que representa uma diferença de quase 23 pontos percentuais.

Do número de pessoas que procuraram emprego no quarto trimestre, 52,1% eram mulheres. Segundo o IBGE, a taxa de desocupação do Brasil foi de 11,6% no período, sendo 10,1% entre homens e 13,5% entre mulheres.

O nível de desemprego é maior para quem se declara preto ou pardo. O contingente dos desocupados no Brasil no 1º trimestre de 2012 era de 7,6 milhões de pessoas, quando os pardos representavam 48,9%. No 4º trimestre de 2018, esse contingente subiu para 12,2 milhões de pessoas e a participação dos pardos passou a ser de 51,7%. Os pretos, por sua vez, passaram de 10,2% para 12,9% no período. Já os brancos tiveram redução, passando de 40,2% para 34,6%.

Comparação a taxa de desocupação com a média nacional (11,6%), os brancos ficam com 9,2%, enquanto pretos (14,5%) e pardos (13,3%) têm índices mais altos de desemprego. Isso ocorre mesmo com os pardos representando 47,4%. Há 42,5% de brancos e 9% de pretos.

Mercado de trabalho
No último trimestre de 2018, a taxa de desocupação diminuiu na média geral. Registrou 11,6%, 0,3 ponto percentual abaixo do trimestre anterior (11,9%). As menores taxas de desocupação foram observadas em Santa Catarina (6,4%), Mato Grosso (6,9%) e Mato Grosso do Sul (7,0%).
 
A subutilização da força de trabalho — que agrega os desocupados, os subocupados e a força de trabalho potencial — atingiu 26,96 milhões de pessoas, sendo que 4,70 milhões são desalentados, ou seja, desistiram de procurar emprego por achar que não conseguiriam. (Fonte: Correio Braziliense)


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