Balanços dos bancões: o que esperar dos resultados do setor no 2º tri






Itaú e Banco do Brasil seguem com perspectivas melhores; Bradesco e Santander continuam com desafios do trimestre passado (Por Beatriz Quesada)

A temporada de balanços do segundo trimestre ganha força na próxima quarta-feira, 26, com a divulgação do resultado do Santander. A divisão brasileira do banco espanhol abre a temporada de resultados para o setor, que deve continuar enfrentando desafios.

A frente de crédito – grande fonte de receita dos bancos – deve continuar pressionada para reduzir o nível de inadimplência, que ainda não mostrou sinais de estabilização. O cenário, no entanto, não deve ser o mesmo para todo o setor.

Entre os bancos incumbentes, Itaú e Banco do Brasil estão com perspectivas melhores, enquanto Bradesco e Santander podem continuar pressionados.


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O que esperar do balanço do Santander?
O mercado espera um lucro de R$ 2,46 bilhões para o Santander, uma queda de 30% na comparação anual. No entanto, o resultado representaria uma alta de 35% frente ao apurado no primeiro trimestre.

“O resultado deve continuar pressionado nas linhas de provisão para crédito com a inadimplência ainda em alta, tesouraria com resultados negativos por conta da Selic elevada e a margem com clientes sob pressão por conta de um mix mais cauteloso” escreveram, em relatório, os analistas da Genial Investimentos.

A Genial destaca ainda que foi prematura a decisão do Santander de remanejar provisões provisões para contingências fiscais – no último trimestre, os valores foram direcionadas para devedores duvidosos.

“A decisão se provou prematura, pois o STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu pela incidência de PIS e COFINS sobre receitas financeiras ocorridas antes de 2014, então esperamos que o banco volte a constituir essas despesas ao longo do tempo”, afirmaram.

O que esperar do balanço do Bradesco?
A expectativa do mercado é de um lucro de R$ 4,48 bilhões para o Bradesco, o que representa um recuo de 36,5% frente ao registrado no mesmo período do ano anterior. Na comparação trimestral, o lucro deve crescer 5%.

Neste próximo resultado, o banco deve continuar sendo pressionado pela inadimplência segundo as projeções da própria gestão do Bradesco. O CEO Octavio de Lazari alertou que esse seria o caso ao comentar os resultados do primeiro trimestre com jornalistas. A expectativa é que o ponto de virada venha ao longo do restante do semestre.

“Esperamos que o banco confirme que o segundo trimestre foi o pico para a inadimplência. Em termos macroeconômicos, o Bradesco é uma aposta positiva em um ambiente de taxas de juros mais baixas [a expectativa é de corte na Selic a partir da reunião de agosto]”, informou relatório do Itaú BBA.

O que esperar do balanço do Itaú?
No último trimestre o Itaú lucrou mais que Bradesco e Santander juntos, e, se as projeções estiverem corretas, o cenário deve se repetir.

O consenso de mercado espera um lucro líquido de R$ 8,68 bilhões, um crescimento de 16,1% frente ao mesmo período de 2022. Em comparação com os três primeiros meses do ano, os ganhos do Itaú seriam menores, de 2,4%.

Com uma carteira de crédito mais exposta à alta renda, o Itaú conseguiu controlar a inadimplência antes dos pares. A expectativa da Genial é que os resultados entre os grandes bancos continuem polarizados, com “Itaú e Banco do Brasil entregando boa rentabilidade (ROE de 20%) e Santander e Bradesco com baixo ROE, um pouco acima de 10%”.

O que esperar do balanço do Banco do Brasil?
No primeiro trimestre deste ano o Banco do Brasil teve o maior lucro do setor bancário. Porém, a expectativa para os próximos resultados é que a estatal fique levemente abaixo do Itaú. O consenso projeta um lucro líquido de R$ 8,66 bilhões para o BB, alta de 15% na comparação anual e de 6,7% na trimestral.

O BB conta com uma carteira de crédito diferenciada dos pares, com maior exposição ao agronegócio e ao empréstimo consignado para pessoa física – linhas com menor inadimplência.

“Esperamos que o BB divulgue a melhor carteira de crédito entre os grandes bancos, com crescimento de 3% na base trimestral e um aumento modesto da inadimplência”, avaliaram os analistas do Itaú BBA. (Fonte: Exame)

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