Caixa relança programa que promove a diversidade
Rita Serrano classificou ações de diversidade como um "novo marco" na história da Caixa (Por Tiago Pereira, da RBA)
A Caixa Econômica Federal relançou nesta quinta-feira (27) o Programa de Diversidade e Inclusão Caixa. Demanda do movimento sindical, a iniciativa pretende fortalecer o diálogo com os funcionários sobre diversas temáticas, a partir de cinco eixos prioritários – equidade de gênero, mulheres na liderança, raça/cor, gerações, pessoas com deficiência e LGBTQIAPN+. A presidenta da Caixa, Rita Serrano, também deu posse às Comissões de Diversidade Caixa, formadas com a participação de entidades sindicais.
Durante a cerimônia, o banco público também assinou um protocolo de intenções com o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), com o objetivo de promover ações de diversidade. Além disso, também formalizou parcerias com a Secretaria-Geral da Presidência da República e com os ministérios da Mulher (MM), da Igualdade Racial (MIR) e dos Povos Indígenas (MPI).
Rita Serrano classificou o evento como um “novo marco” na história da Caixa. “Estamos fazendo ações para colocar o banco na vanguarda desse processo, de fato, voltar a ser um banco com protagonismo público em todos os sentidos, seja no respeito à pluralidade, na inclusão social, na melhoria da qualidade de vida da população brasileira. Estamos aqui para cumprir esse papel”, afirmou.
“Hoje, estamos atendendo a uma reivindicação antiga do movimento sindical, que é o respeito à diversidade e a criação das Comissões de Diversidade. Para nós, essa parceria com os sindicatos é essencial para que possamos de fato caminhar para um banco plural que respeite as diferenças”, completou.
“Teimosa” e de luta
Durante seu discurso, Rita disse que é “muito teimosa” para desistir fácil de permanecer no principal posto da instituição. E reclamou da fritura promovida contra ela através dos veículos da imprensa comercial, que dão conta de que sua permanência estaria ameaçada, por conta da cobiça dos partidos do chamado Centrão. Para ela, a campanha de desestabilização também está ligada ao fato de ser mulher.
“A discriminação se dá em todos momentos. Quando eu olho as minhas fotos nos jornais todos os dias, inclusive hoje, eu fico pensando como é difícil ser mulher e chegar a um cargo de poder”, afirmou a executiva. “Quantas forças poderosas se movem para que isso não ocorra, por trás de um discurso muitas vezes vazio de cobranças”, afirmou.
Ela ainda citou que “outras mulheres” do governo também são alvo desse tipo de ataque. “Para as mulheres e os diferentes ocuparem espaços de poder, nós temos que ser muito teimosos porque, se não for, não tem jeito. Como eu sou muito teimosa, vocês fiquem tranquilos: eu sou teimosa, estou aqui, vou continuar trabalhando muito”, afirmou.
Combate ao preconceito
Ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Márcio Macêdo lembrou o contexto histórico do Brasil, “um país construído estruturalmente com preconceito e com um conceito elaborado pelas classes dominantes ao longo desses anos do que é normal ou não”.
“A sociedade brasileira foi construída em bases escravocratas, paternalistas, machistas, preconceituosas. Nós lutamos por um país diferente de tudo isso, que seja economicamente viável, socialmente justo, politicamente democrático e ambientalmente sustentável”, afirmou. (Fonte: RBA)
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