Curitiba recebe lançamento da campanha #ACAIXAÉTODASUA


Valfrido Oliveira, diretor desta Federação presente ao ato 

Ato realizado em frente à agência Carlos Gomes, no centro de Curitiba, marcou o lançamento da campanha #ACAIXAÉTODASUA na capital, nesta quinta-feira (dia 21). Empregados do banco, representantes de entidades associativas e sindicais se uniram, para alertar à população sobre os riscos da venda de ativos da Caixa e sua importância como banco público.

Organizada pelo Comitê Nacional em Defesa da Caixa, a campanha está sendo lançada em diversas capitais brasileiras, buscando envolver a sociedade e empregados em defesa do banco. “Estamos passando por um momento difícil. O governo tem anunciado que vai vender parte dos ativos da Caixa, como já fez com a Lotex. Precisamos defender um patrimônio público e não permitir que a Caixa seja esvaziada”, ressaltou o vice-presidente da Fenae, Sérgio Takemoto.

Em Curitiba, prova da importância da Caixa é o fato de concentrar 93,8% dos financiamentos imobiliários da cidade. Takemoto acrescenta que mais de 80% dos créditos, entre eles consignado e de agricultura familiar, passam pelos bancos públicos. “Isso mostra a importância da Caixa e do Banco do Brasil, porque os bancos privados não atuam nesses segmentos”, avalia o dirigente.

Para o vice-presidente da APCEF-PR, Jesse Krieger, a Caixa presta serviços inestimáveis à população brasileira, no entanto, vem sofrendo várias ameaças em diferentes governos. “A preservação e a perpetuação da Caixa, como empresa 100% pública, é fundamental à população. É o único banco que atende as pessoas mais humildes e operacionaliza políticas sociais do governo, diferentemente dos bancos privados, que visam apenas o lucro”, observa o vice-presidente.

Krieger ressalta que empregados e demais trabalhadores da categoria também têm recebido ameaças sobre suas condições de trabalho. Como exemplo recente, ele cita a Medida Provisória 905, que pretende retirar direitos conquistados há décadas. “É hora de a população abrir os olhos e juntar-se a nós nessa mobilização, porque a Caixa é do povo”.

O diretor Financeiro da APCEF-PR e membro do Conselho Fiscal da Fenae, José Megume Tanaka, informou que há dirigentes da Federação participando de atos em todo o país, para lutar contra a MP 905 e mostrar à população ações sociais geridas pela Caixa. Entre os projetos, Tanaka menciona a gestão do FGTS que, a partir de 90, passou para o banco e foi um ganho para os brasileiros. “É importante a sociedade reconhecer o papel da Caixa e defendê-la como 100% pública”.

Recado e posicionamento
Representantes reforçaram que a campanha é um recado à população de que, se a Caixa for privatizada ou tiver parte de seus ativos vendidos, haverá prejuízos ao desenvolvimento do país. Segundo o presidente da CUT, Márcio Kieller, sem o banco como público, os brasileiros não terão mais fomento de políticas públicas, FGTS no atual formato, entre outros benefícios.

O ato também foi um alerta aos bancários sobre possíveis desdobramentos da MP 905 e como proceder. “A medida quer quebrar cláusulas do acordo coletivo da categoria, que se encerra em agosto de 2020. Se insistirem em manter a MP, fiquem atentos, pois serão chamados em assembleia. Teremos de reagir unidos a esse ataque”, informou a secretária geral do Sindicato dos Bancários de Curitiba e região, Karla Huning.

O presidente da AEA-PR, Valfrido Oliveira, lembrou a mobilização pelas 6 horas na capital há mais de 30 anos, que garantiu jornada reduzida aos bancários, mas em razão da MP, agora pode ser alterada para oito. Por fim, ele conclamou a todos a se posicionar. “É hora de sair da arquibancada e entrar em campo, para lutarmos por nossos direitos. Você também é dono da Caixa, ela é toda sua”.

Criada há 158 anos, a Caixa faz parte da vida de todos os brasileiros em diversas áreas. Entre exemplos de sua atuação, estão o financiamento da casa própria com taxas menores, que beneficia milhares de famílias, e a operacionalização de projetos da área social, como o Bolsa Família, que repassará recursos para 327.007 famílias neste mês de novembro. (Fonte: APCEF PR)


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