Ministério atualiza "lista suja" do trabalho escravo


Empresa foi autuada em 2010 em um caso envolvendo 51 trabalhadores que estavam em condições análogas à escravidão

A Rumo Malha Paulista, antiga ALL (América Latina Logística Malha Paulista), entrou para a  Lista Suja do Trabalho Escravo divulgada na noite de terça-feira (10). De acordo com o documento, a empresa foi autuada em 2010 em um caso envolvendo 51 trabalhadores que estavam em condições análogas à escravidão.

Veja neste endereço a Lista Suja de Trabalho Escarvo
http://www.infomoney.com.br/negocios/grandes-empresas/noticia/7371687/rumo-entra-lista-suja-trabalho-escravo-governo 

Em nota enviada ao InfoMoney, o sócio-diretor da empresa, Fabio Schivartche contesta a inclusão da empresa na lista do Ministério do Trabalho e informa que irá recorrer da decisão, solicitando sua exclusão com o argumento de que foi uma empresa terceirizada da ALL responsável pelo ocorrido.
"A Rumo se valerá de todos os mecanismos processuais e legais existentes para demonstrar que a ação é absolutamente nula, devendo o seu nome ser prontamente excluído da lista, bem como para demonstrar que não houve prática de irregularidade trabalhista que possa lhe ser imputada", informa a nota.
"A companhia repudia qualquer prática contrária aos direitos trabalhistas e reforça que possui rígidas políticas internas que determinam o cumprimento das normas legais", afirma o executivo.

Segundo a empresa, a inclusão de seu nome na lista "foi totalmente indevida, porque pendia de análise perante o Ministério do Trabalho e Emprego os recursos apresentados pela antiga ALL contra os autos de infração irregularmente lavrados em seu nome".

"Os autos em questão foram lavrados em 2010, cinco anos antes da troca de gestão em virtude da fusão da antiga ALL com a Rumo, e ainda estão sendo debatidos no Poder Judiciário e no Ministério do Trabalho e Emprego", explica o sócio-diretor. "A justiça penal já considerou inexistentes no caso concreto os requisitos para a configuração do ilícito de trabalho escravo", acrescenta.

Minha Casa Minha Vida na mira
Duas obras do programa Minha Casa Minha Vida também foram parar na Lista Suja do Trabalho Escravo divulgada pelo MPT (Ministério Público do Trabalho) e pelo Ministério do Trabalho na noite de terça-feira (10).

Uma construção em Aparecida de Goiânia (GO), de responsabilidade da JB Construção e Serviços, e outra em Maricá (RJ), executada pela Sertenge S/A, entraram na lista atualizada que conta com 166 empresas que mantinham trabalhadores em situações análogas à escravidão.

O InfoMoney contatou as empresas envolvidas e o Ministério das Cidades e aguarda o posicionamento oficial sobre o caso. (Fonte: InfoMoney)


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