Sindicato de Cascavel volta a protestar contra demissões em massa no Bradesco


Em Cascavel, dirigentes do Sindicato protestara ontem em frente às seis agências do Bradesco

O Sindicato dos Bancários de Cascavel e Região realizou ontem (terça, 27) protestos em agências do Bradesco, contra demissões em massa que o Banco vem fazendo em nível nacional. Isto vem ocorrendo mesmo depois que os bancos se comprometeram com o movimento sindical em não demitir funcionários durante a pandemia do novo coronavírus (covid-19).

No País, o Bradesco já demitiu mais de 1.000 bancários somente nas últimas semanas. O Santander também já dispensou mais de 2.000 funcionários desde o início da pandemia. E o Itaú já anunciou que também vai demitir.

Por conta desse quadro, o movimento sindical bancário nacional vem promovendo protestos nesses bancos, mostrando publicamente que, apesar dos vultuosos lucros que vêm obtendo e mesmo depois de terem se comprometido e não demitir durante a pandemia, estão promovendo demissões e também fechando agências, além de transformar agências em escritórios de negócios, onde não haverá portas de segurança e nem vigilantes, como é o caso do Bradesco.

Na terça-feira, os protestos do Sindicato de Cascavel foram concentrados nas seis agências de Cascavel: Centro Cascavel e Empresas, Nova Cascavel, Avenida Carlos Gomes, Rua Rio Grande do Sul, Parque São Paulo e Avenida Brasil. “O clima dentro dos bancos é de apreensão, medo e terror”, relatou Gladir Basso, presidente da Federação dos Bancários do Paraná e do Sindicato de Cascavel.

Os dirigentes do Sindicato de Cascavel estiveram ontem em frente às agências do Bradesco portando faixas dizendo “Luto pelo emprego”, “Este banco demite”, “Mesmo mantendo altos lucros, bancos demitem” e ‘Este banco demite em massa na pandemia”, além de palavras de ordem contra as demissões.

REINTEGRAÇÃO
A Justiça trabalhista tem concedido liminares para que os bancários demitidos durante a pandemia sejam reintegrados aos seus postos de trabalho sob o argumento de que os três maiores bancos privados do País – Bradesco, Itaú e Santander - assumiram compromissos públicos de evitar demissões durante o período.

Sobre o assunto, a advogada Cristina Stamato, do Stamato, do Saboya & Rocha Advogados Associados, ressalta que os processos pela reintegração dos trabalhadores estão lastreados no compromisso assumido pelos três maiores bancos privados do País, em reunião com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), de que não seriam realizados cortes de pessoal durante a pandemia. “Apesar de não estar em acordo coletivo, foi assumido não só nos meios de comunicação, como nos informes aos acionistas, o que gera uma obrigação com os funcionários”, disse a advogada. Fotos: Divulgação (Fonte: Seeb Cascavel)




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