Mutirão de renegociação bate recorde em novembro com 2,3 milhões de contratos


Número total de contratos em atraso repactuados pelos bancos no período da pandemia é de 24,3 milhões, somando R$ 1,3 trilhão em saldo devedor e R$ 200 bilhões em parcelas suspensas (Fonte: Michelle Portela)

O número total de contratos em atraso repactuados entre os usuários e o sistema bancário no período da pandemia, entre março de 2020 e novembro de 2022, chegou a 24,3 milhões, somando R$ 1,3 trilhão em saldo devedor e R$ 200 bilhões em parcelas suspensas. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (23/1) pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban).

Somente no último Mutirão de Negociação e Orientação Financeira, realizado em novembro de 2022, houve 2,3 milhões de contratos renegociados pelos bancos, trazendo alívio financeiro imediato para consumidores endividados. A rodada de negociação foi realizada em parceria entre Febraban, Banco Central, Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) e Procons de todo o país, e contou com a participação de pelo menos 160 bancos.

A média diária de contratos negociados nos 30 dias de mutirão (77,5 mil) em novembro foi 14% superior do que aquela verificada nos 25 dias do último mutirão de março de 2022 (68 mil). Para o presidente da Febraban, Isaac Sidney, esses dados evidenciam a forte demanda por essas iniciativas aos consumidores que buscam limpar o nome após a pandemia.  

“Os bancos estão fazendo sua parte e não têm medido esforços para mitigar a questão do endividamento no país, estendendo prazos e oferecendo condições especiais para evitar o agravamento da situação dos consumidores inadimplentes”, afirma Sidney.

“O endividamento, por si só, não é ruim, pois o crédito, especialmente o crédito responsável e sustentável, é o motor da atividade econômica, mas o endividamento de risco, no qual as pessoas perdem a capacidade de honrar seus compromissos e de viver dignamente, merece toda atenção e precisa ser enfrentado de forma estrutural”, complementa.

O principal instrumento para a negociação das dívidas foi a plataforma ConsumidorGovBr, sistema criado pela Senacon. A cada 10 consumidores que recorreram à plataforma, oito tiveram a sua demanda solucionada. (Fonte: Correio Braziliense)

Notícias Feeb/PR


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