Fechamento de 342 agências do Bradesco causa protestos em todo Brasil
O encerramento de 342 agências do Bradesco em diversas regiões do país desencadeou uma série de protestos organizados por funcionários e sindicatos de bancários. - foto Paulinho Costa feebpr -
Além dos trabalhadores afetados, clientes também se manifestam nas redes sociais contra os fechamentos, alegando dificuldades para acessar os serviços presenciais do banco.
Com a redução da rede física, muitas pessoas agora precisam se deslocar para bairros distantes ou até cidades vizinhas para resolver questões simples, como desbloqueio de cartão, atualização cadastral ou atendimento especializado.
Fechamento de 342 agências
A onda de fechamento faz parte de um movimento mais amplo de reestruturação da instituição financeira.
Somente entre junho de 2024 e junho de 2025, o Bradesco encerrou não apenas 342 agências, mas também 1.067 postos de atendimento e 127 unidades de negócios. No total, mais de 2.500 funcionários foram desligados nesse período.
A diminuição da rede tem sobrecarregado as unidades restantes, que operam com equipes reduzidas e alto volume de clientes. Um exemplo é a agência Cupecê, na zona sul de São Paulo, que virou palco de manifestação após relatos de falhas de segurança e demissões recentes.
Os protestos organizados pelo movimento sindical, vêm crescendo nas últimas semanas.
As entidades denunciam condições precárias em várias agências que permaneceram abertas, como a ausência de portas giratórias e de vigilância armada, o que, segundo eles, compromete a segurança de clientes e funcionários.
Também criticam o aumento da pressão por metas em um cenário de menor número de trabalhadores.
O que dizem o Bradesco e os funcionários reclamantes?
Do lado da empresa, a justificativa é centrada na busca por eficiência. A direção do Bradesco afirma que a redução da presença física está alinhada a uma estratégia de transformação digital e otimização dos custos operacionais.
Em comunicados ao mercado, o banco afirma que, mesmo com o fechamento das unidades, a base de clientes cresceu em mais de um milhão de pessoas no último ano e que os indicadores de eficiência melhoraram com a contenção de despesas.
Já os sindicatos apontam que a digitalização não alcança toda a clientela e que o corte de pessoal prejudica o atendimento, principalmente entre os mais velhos ou os que não dominam canais digitais.
Para eles, o banco deveria equilibrar inovação com responsabilidade social, garantindo acesso amplo e seguro ao atendimento bancário.
A expectativa é de que as mobilizações continuem enquanto não houver diálogo mais efetivo entre a instituição e seus trabalhadores. (Fonte: Tribuna de Minas)
Notícias FEEB PR