Trabalho infantil volta a subir no Brasil, informa o IBGE
Meta estabelecida pela ONU ficou mais difícil de ser cumprida. Em 2024, 560 mil crianças trabalhavam em situação de risco - foto reprodução -
O Brasil tinha 1,957 milhão de crianças e adolescentes entre 5 a 17 anos realizando alguma atividade econômica ou de autoconsumo em 2024, sendo 1,650 milhão delas em situação de trabalho infantil, que deveria ser erradicado. Ademais, 560 mil desses pequenos cidadãos exerciam alguma atividade econômica sob condições de risco à sua integridade física e saúde.
Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua: Trabalho de Crianças e Adolescentes 2024, divulgados ontem (19) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O resultado mostra que houve uma alta de 2,1% nesse contingente de crianças e adolescentes em situação de trabalho infantil no País em 2024, 34 mil jovens a mais que em 2023, quando esse montante tinha recuado ao menor número da série histórica iniciada em 2016. Desta forma, o Brasil fica um pouco mais distante de cumprir a meta prevista nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU), que prevê a erradicação do trabalho infantil em todas as suas formas até o final do ano de 2025.
Na passagem de 2023 para 2024, o aumento mais significativo no trabalho infantil ocorreu na atividade de produção para o próprio consumo, e não na realização de atividade econômica, ponderou Gustavo Geaquinto Fontes, analista da pesquisa do IBGE. “O trabalho infantil perigoso diminuiu em 2024”, acrescentou.
O IBGE lembra que nem todo trabalho de crianças e adolescentes é considerado trabalho infantil, mas apenas aquele que deve ser erradicado. Os critérios considerados pelo Instituto no levantamento incluem o fato de a legislação brasileira proibir qualquer forma de trabalho até os 13 anos de idade. Nas faixas etárias maiores, há regras sobre existência de vínculo empregatício formal. (Estadão Conteúdo) (Fonte: Jornal Cruzeiro do Sul)
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