Em acordo de R$ 1 bilhão, Bradesco e Energisa viram sócios em negócio de energia


Pelo acerto, que vinha sendo negociado desde o ano passado, a Energisa quita passivo com o banco e cede 23,64% de participação na EPNE, braço da empresa no Nordeste (Por José Eduardo Barella) - foto Paulinho Costa feebpr -

A Energisa e o Bradesco chegaram a um acordo, que vinha sendo costurado desde o ano passado, que torna o banco sócio do grupo de energia que atua no segmento de geração, transmissão, distribuição e comercialização.

O acerto feito por eles é de um aumento de capital de R$ 1 bilhão na Energisa Paraíba (EPB), empresa do grupo controlada pela Energisa Participações Nordeste (EPNE).

Com o aporte, a Energisa quita o passivo de R$ 1 bilhão com o Bradesco decorrente da sua segunda emissão de notas comerciais.

O acordo descreve uma operação de aumento de capital mediante a subscrição de novas ações ordinárias e preferenciais de emissão da EPNE, que passa a ter seu controle dividido. Com isso, o Bradesco passa a ser titular da totalidade das ações preferenciais da EPNE, correspondentes a 23,64% do seu capital social total. A Energisa, por sua vez, terá controle total das ações ordinárias da EPNE, reduzindo sua fatia na empresa para 76,36% de participação.

A EPNE é uma sociedade de propósito específico controlada pela Energisa, que tem por objeto social a participação no capital de outras sociedades, como acionista ou sócia ou em consórcios de empresas. Por isso, a operação envolveu a cessão de todas as ações ordinárias da EPB.

O acordo vinha sendo negociado desde o ano passado, quando foi assinado um memorando de entendimento não vinculante da Energisa com o Bradesco, com previsão de investimento de até R$ 2 bilhões, via subscrição e integralização, pelo banco, de ações preferenciais a serem emitidas pela ENPE. Nesse modelo, o Bradesco deteria até 35% do capital social da EPNE.

O anúncio, com aporte inferior ao previsto no memorando de entendimento, prevê uma opção de compra, por parte da Energisa, da totalidade das ações preferenciais de titularidade do banco entre o quarto e décimo ano da conclusão da operação.

“Os investimentos realizados no contexto da operação contribuirão para reforçar a capacidade financeira e robustecer a estrutura de capital da Energisa”, afirma a empresa, em comunicado divulgado ao mercado na manhã de quinta-feira, 12 de setembro. (Fonte: NEOFEED)

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