Caixa continua sem atender demanda pelo fim da função por minuto


Banco também não apresentou respostas para a reivindicação da exclusão dos caixas, tesoureiros e avaliadores de penhor do “time de vendas” e tampouco sobre o questionamento com relação à redução da jornada com redução salarial dos tesoureiros

O Grupo de Trabalho formado por representantes da Caixa Econômica Federal e dos empregados para tratar de questões específicas dos trabalhadores que exercem as funções de caixas, tesoureiros e avaliadores de penhor retomou as negociações, nesta terça-feira (27), sob a Coordenação de Fabiana Uehara Proscholdt pela Contraf e por Carlos Roberto Rodrigues pela Contec. O banco continuou se esquivando das respostas sobre o fim da designação de função por minuto e retorno das funções efetivas.

“O banco está apresentando respostas sobre questões pontuais, que também são importantes, mas não traz nada de efetivo sobre as principais demandas que apresentamos. Foi solicitado que a Caixa reveja as atas de nossas reuniões se debruce na solução do que é prioridade para os trabalhadores.

A representação dos empregados  ressaltou que a designação da função por minuto para os caixas, tesoureiros e avaliadores de penhor inviabiliza o trabalho, gera tensão, adoecimento e prejuízo aos trabalhadores. “A função minuto é uma aberração. É uma atividade que não conta pra nada na carreira dos empregados fora a questão dos reflexos de final de semana, PLR, férias e afins. Isso sem contar a sobrecarga de trabalho onde se cobra também vendas. É surreal!”, continuou.

Com o intuito de minimizar as ações judiciais a representação dos trabalhadores também solicitou a inclusão da “pausa de 10 minutos” como objeto das CCVs (Comissão de Conciliação Voluntária).

Demandas sem repostas
Outro ponto importante que ficou sem resposta foi com relação a redução da jornada de tesoureiros, de oito para seis horas, com redução proporcional do salário e orientação para que não sejam autorizadas horas-extras para estes profissionais. Existe decisão judicial para que a Caixa reduza a jornada da função, mas as ações judiciais não mencionam a redução salarial.

Na reunião anterior o banco havia dito não existir orientação neste sentido e que era preciso analisar casos específicos. Os casos continuaram acontecendo em diversas regiões do país.

Nenhuma resposta foi dada, também sobre a exclusão das funções de caixa, tesoureiro e avaliador de penhor do “time de vendas” e tampouco sobre a revisão do Programa Qualidade de Vendas (PQV), que, ao invés de ser educativo está sendo usado como ferramenta de punição nos empregados quando existe uma venda “indevida”. Mas o problema que são as metas abusivas que é o cerne não está sendo resolvido.

Ponto reforçado na reunião foi a necessidade urgente de troca de equipamentos bem como a estabilidade dos sistemas. Na último reunião a CAIXA trouxe a informação de melhorias no SISAG, mas o que se está vendo é que o sistema passou a ficar mais instável afetando inclusive outras aplicações o que tem prejudicado o trabalho dos empregados e demora no atendimento à população.

Ao final da reunião, após a representação dos trabalhadores reforçar a cobrança de respostas, a representação do banco tentou argumentar que as atividades realizadas estão dentro do escopo de trabalho das funções. Mas, a representação dos trabalhadores lembrou que, na reunião passada já havia discordado da argumentação e pedido que o banco resgatasse as atribuições previstas no RH183 e comparasse com o que os empregados vêm fazendo na prática, para que eles não executem tarefas que não sejam de suas responsabilidades, com a intenção acabar com os desvios de funções.

Após esta observação, a representação da Caixa disse que levaria as questões para serem analisadas pelos setores específicos.
A representação sindical reforçou outro pedido feito na reunião passada, para que a Caixa aprimore a ata das reuniões, de modo a facilitar o atendimento das reivindicações e o acompanhamento do que está sendo realizado.

Resposta dadas
O banco relembrou que demandas sobre a melhoria dos mobiliários, contemplando a substituição com participação avaliação pelos usuários foi atendida, e existe um cronograma para a adaptação de agências para pessoas com deficiência (PCDs). Também está sendo realizada a revisão da formação de avaliadores de penhor.

Notícias Feeb/PR


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