CAMPANHA SALARIAL 2024 - Contec rejeita proposta da Fenaban de reajuste de 100% do INPC só para janeiro


Bancários insistem em aumento real de salários; negociação continua hoje a partir das 10 horas, em São Paulo

A Comissão Executiva Bancária Nacional de Negociação (CEBNN) da Contec rejeitou ontem (27), na mesa de negociação, a proposta apresentada pela Fenaban (Federação Nacional dos Bancos), em São Paulo. Durante a décima reunião de negociação pela campanha salarial 2024, a Fenaban ofereceu o reajuste de 100% do INPC do período, porém, com início do pagamento apenas em janeiro de 2025.

O Paraná está participando das rodadas desta semana através do presidente da Federação dos Bancários (Feeb-PR) e do Sindicato de Cascavel, Gladir Basso, que integra a CEBNN; Gilberto Lopez Leite, presidente do Sindicato Ponta Grossa, e Claudecir de Oliveira Souza e Carlos Roberto Rodrigues, presidente e vice-presidente do Sindicato Maringá, respectivamente.

“A proposta não contém ganho real, não tem a mínima condição de ser aceita em mesa. A nossa pauta de reivindicações prevê o reajuste da inflação e o ganho real de 5%. Portanto, sem a discussão do ganho real não há acordo. Esperamos que a reunião de amanhã (hoje) seja produtiva e com avanço significativo na proposta”, disse o presidente da Contec, Lourenço Prado.

Além das cláusulas econômicas, a próxima reunião a ser realizada nesta quarta-feira (28), a partir das 10 horas, tratará das pautas tecnológicas que envolvem TI e das mulheres.

Na segunda-feira (26), a Fenaban propôs reajuste de 90% do INPC, o que resultaria em perda salarial de 0,38%. A Contec rejeitou prontamente e uma pausa foi solicitada pelos bancos. No retorno, na terça (27), a entidade apresentou proposta de 100% do INPC nos salários e demais verbas (portanto, de ganho real zero), somente em janeiro de 2025. Com essa proposta, a antecipação da participação nos lucros e resultados (PLR) ocorreria sem reajuste. A Contec rejeitou novamente.

Com essa proposta de reajuste zero e deixando de aplicar o reajuste em setembro, mas somente em janeiro, os bancos retirariam do bolso da categoria bancária R$ 1,2 bilhão, considerando salários, segunda parcela do 13º, vale alimentação e vale refeição e antecipação da PLR.

Pela proposta da Fenaban, é como se cada bancário passasse para os bancos R$ 682 por mês, durante os quatro meses. Sem contar os ganhos relacionados aos encargos que os bancos deixariam de pagar entre setembro e dezembro, pelo não reajuste no período.


Gladir Antônio Basso 
Presidente da Federação dos Bancários do Paraná e do Sindicato dos Bancários de Cascavel, fala sobre o dia do Bancário e sobre negociação com a Fenaban em São Paulo.

(Assista vídeo no downloads abaixo)


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