Bradesco vai criar conta global para clientes e investe no exterior


Banco tem reforçado oferta de produtos internacionais. Ainda neste mês a instituição também fará investimento de R$ 230 milhões na subsidiária dos EUA (Por Álvaro Campos, Valor) - foto Paulinho Costa feebpr - 

O Bradesco deve lançar no próximo mês a My Account, uma conta global para seus clientes. A instituição já havia lançado recentemente o Bradesco Invest US, voltado para investimentos.

Separadamente, no próximo dia 28 a instituição fará um aporte de US$ 230 milhões (mais de R$ 1,1 bilhão) no Bradesco Bank, antigo BAC Florida, comprado em 2019. O movimento faz parte de uma estratégia mais ampla do banco de reforçar sua área de wealth management (gestão de fortunas) e também está relacionado com o aumento dos investimentos de brasileiros no exterior.

“Quem quer investir nos EUA já tem o Bradesco Invest. Quem viaja agora terá o My Account. E aquele cliente com necessidades mais complexas pode abrir uma conta mesmo no Bradesco Bank, e aí vai ter advisory, gestão, aconselhamento, pode até comprar um imóvel lá financiado pelo próprio banco”, conta Roberto Medeiros, diretor de internacional e câmbio do Bradesco.
Ele diz que o banco pode chegar a 3 milhões de clientes no My Account em cinco anos. Como o usuário já tem cadastro no Bradesco, abrir a conta internacional deve ser um processo simples e rápido, tudo feito dentro do próprio aplicativo do banco.

Em até sete dias o cliente recebe um cartão de débito com bandeira Visa, para fazer saques e compras no exterior. “Nós criamos essa conta junto com os clientes, usamos dados de pesquisa, fizemos testes de experiência do usuário e do cliente. Estamos cobrindo uma lacuna, era uma demanda grande dos clientes e esperamos uma adesão muito grande.”

Enquanto o Itaú comprou a Avenue e outros bancos e fintechs já oferecem contas internacionais, como Inter, C6, Nomad, entre outros, Medeiros explica que muitos desses modelos são via parcerias, enquanto o Bradesco construiu tudo sozinho. “Somos o único que tem um banco completo nos EUA, com ‘onboarding’ nosso, câmbio feito por nós, com a cotação comercial, e mesmo a possibilidade de financiamento”, explica. (Fonte: Valor Investe)

Notícias Feeb/PR


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