Em videoconferência com a Contec, bancos se comprometem a cumprir a quarentena contra Covid-19


Agência do Banco do Brasil, no Catete, Rio, um bancário morreu com sintomas do coronavírus. (Foto: Seeb Rio)

Em videoconferência com a Comissão Executiva Bancária Nacional de Negociação – CEBNN/Contec, realizada no final da tarde de ontem (30), a Fenaban garantiu que os bancos irão manter a quarentena, que hoje envolve 230 mil bancários – representando 50% da categoria –, que se encontram trabalhando home office, como medida preventiva ao coronavírus (Covid-19).

Participaram da viodeconferência dirigentes da Contec, de federações e sindicatos. O Paraná contou com a participação do presidente da Federação (Feeb-PR) e do Sindicato de Cascavel, Gladir Basso, e dos presidentes dos sindicatos de Maringá e de Ponta Grossa, Claudecir de Souza e Gilberto Lopes Leite, respectivamente.
Destacando a necessidade de melhorar e ampliar as medidas já implementadas para preservar a vida e a saúde dos bancários e clientes, a Contec solicitou durante a teleconferência que:

1) Os bancários que se encontram trabalhando durante essa crise recebam insalubridade, em face da exposição durante o trabalho.
2) As filas externas sejam organizadas pelo poder público, que detém poder para zelar a distância que os clientes necessitam manter entre si.
3) Se encontre forma de compensar/amenizar os efeitos do estresse decorrente do trabalho com risco de vida pessoal e familiar, hoje realizado pelos bancários, que estão trabalhando nos atendimentos, como por exemplo, o acréscimo de 5 dias de férias futuras para cada 2 meses trabalhado durante a crise.
4) A disponibilização de materiais de proteção – em especial álcool gel (especialmente para quem manuseia dinheiro) e máscaras –, para todos os bancários, que se encontram trabalhando presencialmente, considerando o elevado risco de contágio e da fatalidade do covid-19.
5) Esclarecimento aos bancários mais jovens sobre a necessidade/ importância da observância dos cuidados e procedimentos recomendados, inclusive uso de EPIs, como recomendado pelas autoridades da saúde.
6) Higienização criteriosa/rigorosa das máquinas de atendimento 24 horas.
7) Antecipação da vacina H1N1, prevista para 15/04.
8) Empenho do sistema financeiro para buscar apoio governamental e da classe empresarial para viabilizar teste em massa, como realizado pela Alemanha e Japão, com vistas  a possibilitar o isolamento da parcela da população infectada pelo coronavírus.


POSIÇÕES DA FENABAN
A Fenaban destacou que há 2.100 agências fechadas e disse que os bancos estão aprofundando a análise dos procedimentos adotados para prevenção. Registou que EPIs devem ser objeto de preocupação.
Respondeu que até o momento não tem como assegurar a antecipação da vacina H1N1, devido a dificuldades de importação da vacina. Enfatizou ainda que, além dos 2 meses de suspensão dos pagamentos, os bancos fizeram acordo com o Banco Central e BNDES para disponibilizar pagamento das folhas de pessoal das empresas, no importe de até R$ 2.000,00 por trabalhador, com encargos de 3,75% ao ano, a serem pagos pelo período de até 3 anos.

Informou que a ideia é de que haja mecanismos para que a sociedade suporte a crise. Assegurou que a meta do setor financeiro é de respeitar os decretos municipais, estaduais e federal, observado os preceitos constitucionais.


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