Golpes com Pix alavancam acionamentos de seguro digital do Bradesco
Seguradora diz que, do total de sinistros neste ano, 85% foram por transferências eletrônicas indevidas. Produto cresce 45% no Sudeste, região que concentra 75% da carteira nacional da companhia (Por Stéfanie Rigamonti, com Luana Franzão)
O avanço do Pix, meio de pagamento instantâneo do Banco Central, e o consequente aumento das fraudes digitais impulsionaram neste ano os acionamentos dos clientes do Seguro Proteção Digital, da seguradora do Bradesco.
Do total dos sinistros registrados até setembro pela Bradesco Seguros, 85% foram motivados por transações eletrônicas indevidas, como transferências via Pix, TED e DOC, em decorrência de golpes financeiros virtuais.
O produto cobre perdas por transferências indevidas, transações não reconhecidas, compras fraudulentas, entre outras ações.
O aumento dos crimes virtuais também levou ao crescimento da busca de clientes pelo seguro. Na região Sudeste, que tem participação de 75% sobre a carteira nacional da Bradesco Seguros, houve alta de 45% das contratações de janeiro a setembro deste ano em relação ao mesmo período de 2024.
"O resultado representa um reflexo direto da concentração de transações eletrônicas e do perfil digital dos consumidores locais, que mostra a conscientização da população acerca dos riscos e da importância do seguro", diz Saint’Clair Lima, diretor da Bradesco Seguros.
Levantamento do Datafolha publicado em agosto mostra que um em cada três brasileiros já sofreram algum tipo de golpe financeiro digital nos últimos 12 meses, totalizando 56 milhões de pessoas atingidas, que tiveram prejuízo de R$ 111,9 bilhões.
A Bradesco Seguros registrou lucro líquido de R$ 2,5 bilhões no terceiro trimestre deste ano, alta de 6,5% ante o mesmo período de 2024. Desse total, R$ 417 milhões vieram de ramos elementares, onde se encontram os seguros digitais. (Fonte: Folha de SP)
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