Banco Inter quer alcançar 60 milhões de clientes até 2027


Entrevista com o CEO Brasil do Inter, Alexandre Riccio

Durante o Inter Invest Summit, o primeiro grande evento de investimentos do Banco Inter, realizado na Arena MRV, em Belo Horizonte, o CEO Brasil, Alexandre Riccio, compartilhou planos com O TEMPO.

Ele apontou como meta alcançar 60 milhões de clientes até 2027.

Para o executivo, 2025 tem potencial para ser o melhor ano na história do banco em abertura de contas.

A seguir, confira a entrevista com Alexandre Riccio:

Qual é a importância do investimento para a segurança psicológica?

As pessoas precisam investir. Investimento é mais do que ter dinheiro; é uma questão de segurança psicológica que realmente transforma vidas. Você fica no controle, não passivo, e consegue gerenciar melhor suas finanças. Desde pequeno, sempre fui investidor, o que ajudou a desenvolver minha segurança psicológica. As pessoas precisam entender que não tem segredo, não precisa começar investindo muito. É preciso ter disciplina, recorrência e fazer investimentos, mesmo que sejam pequenos. Você pode começar a investir a partir de R$ 1. A geração do hábito é o que vai te levar no longo prazo a ter um investimento que vai sim permitir a realização de sonhos, ajudar numa aposentadoria mais tranquila.

E o Inter tem todas as possibilidades para o pequeno, o médio e o grande investidor como vocês mostraram no Inter Invest Summit, na Arena MRV.

A gente atende a todos os púbicos. Tem desde as crianças que começam a investir, às vezes o pai dá uma mesada e eles vão lá e já aplicam. E até para as pessoas que estão numa idade mais avançada que querem ter um investimento para a sua aposentadoria. A gente atende a todos esses públicos. A gente leva para eles, de forma bastante autônoma, todos os produtos de investimentos: quem quer renda fixa, quem quer alguma coisa mais agressiva, quer comprar uma criptomoeda, até isso está no Inter. A gente tem excelentes produtos de previdência que é um ponto bastante importante na vida das pessoas, e renda variável. Então não falta produto para poder fazer investimento fora do Brasil. E tem também todo o processo de educação financeira.

Eu vejo a jornada do Inter e ela não para de crescer. Na última vez que eu entrevistei você eram 35 milhões de clientes, hoje já são 40 milhões de clientes sendo mais de 8 milhões de investidores. Como estão as metas do Inter?

Nossa ambição, pensando em meta, são 60 milhões de clientes até 2027. Então a gente continua crescendo. Esse ano está sendo um ano excelente, uma chance boa de ser o melhor ano histórico de abertura de contas. Mais gente vê o quanto a plataforma é poderosa. As pessoas vêem muito valor em várias outras verticais seja para fazer o PIX numa experiência descomplicada, seja para fazer crédito com várias opções, investimentos, a conta global para viagens e essa atratividade toda acaba trazendo esses clientes. A gente espera continuar crescendo e, mais do que crescer, aumentar a densidade do relacionamento que a gente tem com os clientes.

Estou achando que até 2027 até ultrapassa esse número de 60 milhões de clientes na velocidade que vai.

Vamos ver. O principal é atender muito bem os clientes, deixá-los satisfeitos, aumentar o nível de educação financeira, organizar as vidas financeiras dos clientes.

No resultado financeiro, como está o banco?

Estamos tendo um ano muito bom. O último resultado reportado do segundo trimestre a gente fez R$ 315 milhões de lucro no trimestre. A gente está com mais de R$ 1 bilhão de lucro nos últimos 12 meses então também vem numa crescente. Tivemos algumas fases na empresa. Teve uma fase de crescimento que foi de 2018 até 2021, nós não nos preocupávamos tanto com o tamanho do lucro, a gente rodou sempre com lucro, mas a gente preocupava mais com o crescimento. Em 2022 a 2023, a gente viu que seria bom começar a dar um lucro um pouco maior até por causa do tamanho que a empresa foi tomando. A gente focou nisso até 2024. São anos de crescimento rentável. Nossa lucratividade continua melhorando trimestre após trimestre. A gente tem orgulho disso. Não é só extrair resultado, é servir bem o cliente que é o motor de crescimento da companhia.

Agora só falta a gente ter um juro melhor, uma taxa Selic melhor. Mesmo que o investidor tenha 1% ao mês de rendimento, mas a inflação está corroendo, o ganho não está sendo real, não é?


O grande ponto seja para banco, seja para pessoa física, é que é melhor a gente ter uma economia forte, uma economia que cresce, com juro baixo, empresas saudáveis. Isso é muito mais forte para a nação do que ter juros de 15% e ganhar 1% ao mês, 1,3% ao mês no investimento e ficar sentado no dinheiro sem fazer a economia se movimentar.

Nem para o banco é bom, não é? Porque ele também está captando esse dinheiro muito caro.

Mais do que simplesmente o custo da captação, você começa a ter um problema de inadimplência. Qual é o grande objetivo de uma taxa Selic desse tamanho (15%)? É esfriar a economia, é diminuir a atividade econômica, é fazer com que as empresas não invistam, ou tornar o investimento caro. E as consequências disso são: empresas em dificuldade para poder se financiar e conseguir fazer sua operação rodar, empresas com dificuldade para poder fazer novos investimentos que são necessários para que o país cresça e uma economia que vai tender a desacelerar. Quando a economia desacelera também o que acontece, que é ruim para os bancos? Inadimplência. Nem todo mundo consegue pagar as contas. O próprio nível de investimento diminui porque tem menos renda disponível, as empresas também têm menos lucro porque pagaram mais juros. Então entra num ciclo que não é bom, não é saudável e a gente quer muito ver uma economia que permita a redução das taxas de juros e aí tem todo a questão de controle fiscal no país. (Fonte: O Tempo)

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