Movimento sindical cobra da Caixa explicações sobre mudanças no VA e VR
Arte: Fabiana Tamashiro
Troca de bandeira causa apreensão nos bancários, que temem não conseguir usar os cartões devido ao fato de a rede credenciada ser restrita (Por Danilo Motta)Empregados da Caixa Econômica Federal estão apreensivos diante da mudança da empresa que administra os cartões dos vales alimentação e refeição. É que, diferente da Alelo, atual administradora, a Verocard, nova contratada, tem uma rede credenciada mais restrita, o que gera insegurança sobre uma eventual dificuldade de encontrar mercados e restaurantes onde o cartão seja aceito.
“O Verocard praticamente só é aceito em mercados grandes e poucos restaurantes. Houve licitações nas diferentes regiões do país, o que acabou acarretando nesta mudança aqui em São Paulo. Mesmo assim, enviamos junto com a Apcef-SP um ofício à Vice-presidência de Pessoas da Caixa cobrando explicações sobre esta operação, porque não faz sentido termos um direito do qual teríamos dificuldade e restrições para usufruir”, explica o dirigente sindical Danilo Perez.
Os vales alimentação e refeição são conquistas dos bancários garantidas nas cláusulas 14 e 15 da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). De acordo com o comunicado da Vice-presidência de Pessoas, os novos cartões serão enviados até o dia 31 de julho, com adesão a partir do dia 19 de agosto. A mudança será oficializada aos empregados nesta quinta-feira 9.
“Vimos com muita estranheza essa mudança justamente em um momento de crise, não só para a categoria bancária, mas para toda a sociedade. É muito importante que a Caixa forneça cartões de uma bandeira que tenha ampla aceitação da rede credenciada. Vamos cobrar de forma incisiva que os empregados possam efetivamente usufruir desta importante conquista”, completou o dirigente.
O movimento sindical orienta que os bancários entrem em contato com a Verocard pelo site, cobrando credenciamento dos seus estabelecimentos onde costumam realizar suas compras e refeições. O contrato com a Caixa é válido por 1 ano e pode ser renovado por 5. “O que importa agora é que os empregados possam ser atendidos na rede que têm à disposição e estão acostumados”, frisa Perez. (Fonte: Seeb SP)